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sexta-feira, 25 de julho de 2014

A MINHA GAZA ESTA NO NOSSA SENHORA DA APRESENTAÇÃO BAIRRO QUE MORO A 25 ANOS AGORA MESMO ESTA TENDO TIROS......

POR IVENIO HERMES
A insegurança em que vive o povo brasileiro e especificamente o potiguar, tem um custo financeiro indireto elevado, e por sair do bolso do cidadão, parece não ser levado em consideração pela Administração Pública.
Além de seus impostos, comerciantes, empreendedores e moradores precisam arcar com segurança privada, circuitos internos de câmeras de TV, sensores de movimento, alarmes, muros com cercas elétricas e outros tipos de ofendículos que garantam a proteção, antes considerada extra, pois havia aquela fornecida pelo Estado e hoje considerada essencial, porque supre a ausência da segurança promovida pela ineficácia e incompetência do Estado.
O crime assume todas as formas possíveis, e o alerta dado ao Governo do RN sobre avanço da força letal da violência foi desconsiderado e as forças policiais, minimizadas em efetivo, em equipamento e em condições de trabalho, se tornam vítimas tanto quanto àqueles a quem deveriam proteger. Nos primeiros 5 dias de abril de 2014 já aconteceram pelo menos 20 crimes violentos letais intencionais, dentre eles, outro policial militar.

NOVA METRÓPOLE DA MORTE

1TRIMESTRE EVOLVE 2014A
Com um índice de 10 homicídios por cem mil habitantes sendo a aceitável para compor uma boa taxa de desenvolvimento humano, a Região Metropolitana de Natal se firma como uma nova metrópole da morte e se aproxima perigosamente da média nacional de 25,4 assassinatos por cem mil habitantes. São José de Mipibu e Macaíba se revezam na quarta posição entre as mais violentas da região, sendo que com uma população menor, São José de Mipibu já está com o índice de 37,78 cvli/100mil-hab enquanto Macaíba está com 22,5.
Com a inclusão no mapa da região, do novo aeroporto para a chegada dos turistas do futebol, uma atenção deverá ser direcionada para as principais vias que conduzirão esses turistas para o centro hoteleiro, privilegiando o turismo durante o evento. Contudo, não se deve deixar de perceber que São Gonçalo do Amarante encontra-se com 18,9 cvli/100mil-hab, Parnamirim com 14,38 e Natal com 17,45. Assim a região metropolitana, tendo em vista sua população, já acumula um índice de 17,81 cvli/100mil-hab.
Com essa tendência indicando ascensão, relembramos que Natal registra 59% das ocorrência letais, e com a previsão do emprego da força maciça do Governo Federal implementando uma segurança visual temporária em virtude da COPA de 2014, os indícios de que essa tendência continuará nos municípios limítrofes são grandes, porque ao escapar do círculo de contenção e proteção estabelecido pelas Forças Armadas e pela Força Nacional, que nem coadjuvantes na Segurança Pública deveriam ser (pois o correto seria reforçar e valorizar as polícias estaduais), os criminosos não encontrarão policiamento para detê-los.
Sem dar importância a mancha criminal que ora se delineia, será difícil tirar a Grande Natal do ranking dos homicídios, e quando Natal e São Gonçalo do Amarante receberem o reforço de policiais, o crime violento letal e intencional migrará para outros municípios, num jogo de gato e rato que não deixará de manter Natal como uma outra metrópole da morte.

BAIRROS DO MEDO

Nos anos de 2013 e 2014, o primeiro trimestre mostrou mais uma vez a falta de previsão da Secretaria Estadual de Segurança Pública, ainda administrada por Aldair da Rocha.
1TRIMESTRE METROPOL 2013-BAIRROS
Sempre buscando se desculpar pela Governadora, Aldair da Rocha não conseguiu alavancar nenhum projeto efetivo nem mesmo para a capital, daí se pode imaginar o desastre no interior. A insegurança acirrou um sentimento de medo, impediu o ir e vir e tornou os bairros de Natal mais perigosos.
Foram 48 homicídios praticados na Zona Norte e um índice de 18,59 cvli/100mil-hab, sendo Nossa Senhora da Apresentação o bairro mais violento, com 38% dos crimes e 22,27 cvli/100mil-hab. Sendo a áreas mais carente da cidade, a falta de investimentos e o progressivo sucateamento de viaturas reduziu o policiamento ostensivo, mantendo essa zona da capital como o índice semelhante, pois saiu de 48 mortes matadas em 2013 para 49, elevando para 18,84 crimes violentos letais intencionais por 100mil-hab em 2014.
As Zonas Leste e Oeste apresentaram uma ligeira diminuição, na Leste caiu de 23 para 18 mortes e na Oeste de 65 para 49. Entretanto, a surpresa deste primeiro trimestre de 2014 é a Zona Sul, que saiu de 9 em 2013 para 19 em 2014, numa elevação percentual de mais de 100%, ou seja, são 11,31 cvli/100mil-hab.
A vitimização na zona sul não escolhe local para ocorrer e objetivamente se conclui que mesmo tendo recursos das entidades de bairros e outros representantes da sociedade organizada na segurança pública, gastando com reforma e construção de bases integradas comunitárias, colocando mais combustível nas viaturas que sofreram com contingenciamento, e tentando outras soluções, inclusive promovendo uma audiência pública para tratar do assunto, nada disso foi capaz de deter a onda de crimes.
1TRIMESTRE METROPOL 2014-BAIRROS
Sem viaturas para realizar o policiamento nas ruas, mesmo usando combustível da comunidade, sem munição adequada e suficiente, carentes de toda sorte de equipamento, inclusive coletes balísticos, e sem efetivo consoante ao mínimo necessário, a Polícia Militar enxugou gelo e não conseguiu reduzir o crime na zona sul, mais uma vez comprovando que nem só de boa vontade e coragem se soluciona problemas de segurança.
O esforço do Comandante do 5º BPM e de seus comandados praticamente tirou leite de pedra, contudo, o Major Francisco Heriberto Rodrigues Barreto não conseguiu obter sucesso, pois à falta de material e equipamento se soma o maior problema do Estado do RN: a falta de efetivo policial. Com poucos homens, o batalhão responsável pelas zonas administrativas de Lagoa Nova, Nova Descoberta, Candelária, Capim Macio, Pitimbu, Neópolis e Ponta Negra, com seus conjuntos habitacionais, áreas de comunidade e sub zonas, transformando a zona sul no típico exemplo de que o esforço comunitário e policial, sem condições de trabalho e sem material humano é ineficaz diante do avanço da criminalidade.
Em apenas 3 meses a zona sul se tornou um novo nicho de medo e insegurança.

PÚBLICO ALVO: JOVENS

1TRIMESTRE POP JOV 2014C
Como se não bastasse todos os problemas sociais e de segurança pública, cada vez mais jovens ingressam nos caminhos desviantes, e sem condições de retornarem a um padrão de comportamento aceitável, perdem suas vidas em guerras de gangues, confrontos com a polícia e em desavenças diversas.
A morte de jovens nos bairros de Natal compreendem 28,18% do total de cvli, ou seja, de um total de 149 assassinatos, 42 são de jovens.
A distribuição por zonas ficou portanto:
  • Na Zona Norte 22 jovens assassinados de um total de 59 cvli, ou seja, 37,28% dos assassinatos foram cometidos contra jovens, sendo 9 deles cometidos em Nossa Senhora da Apresentação;
  • Dos 19 assassinatos cometidos na Zona Sul, 3 eram menores, ou seja, 15,78%, sendo 2 em Lagoa Nova e 1 em Ponta Negra;
  • A Zona Leste apresentou 27,77% de assassinatos de jovens, foram 5 de um total de 18 homicídios. Mãe Luiza e Cidade Alta com 2 mortes em cada e uma morte em Areia Preta;
  • Na Zona Leste 22,44% dos cvli foram cometidos contra jovens. De um total de 49, 11 foram jovens e os crimes ocorreram com maior frequência em Felipe Camarão.
  • Além dessas mortes, 4 não tiveram local determinado, sendo um jovem vítima dessas mortes.
Se essa média persistir, em 2014 teremos a maior incidência de cvli contra a população jovem.
Nesse totem de criminalidade, percebemos a forte influência das drogas como um dos principais fatores, sendo o combate ao narcotráfico uma das modalidades de combate ao crime bastante carente de atividade preventiva, tanto no combate quanto na busca pela reabilitação.

A SEGUIR…

A morte de jovens anteriormente vitimizados direta ou indiretamente pelas drogas e lares desestruturados prolifera em todo Rio Grande do Norte, sendo eles muitas vezes chancelados, como muitos adultos, pela ligação com o crime para justificar a falta de esforço investigativo para descobrir quem foram seus algozes.
Enquanto meditam sobre a situação de insegurança e o morticínio de jovens na capital, convido-os a lerem algo semelhante sobre a situação de Mossoró enquanto polo atrativo de pessoas e portanto, de criminalidade, na última parte dessa análise empírico-estatística da violência homicida no Rio Grande do Norte.
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SOBRE O AUTOR:
Ivenio Hermes é Escritor Especialista em Políticas e Gestão em Segurança Pública e Ganhador de prêmio literário Tancredo Neves. Colaborador e Associado Pleno do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Consultor de Segurança Pública da OAB/RN Mossoró. Pesquisador nas áreas de Criminologia, Direitos Humanos, Direito e Ensino Policial.
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DIREITOS AUTORAIS E REGRAS PARA REFERÊNCIAS:
É autorizada a reprodução do texto e das informações em todo ou em parte desde que respeitado o devido crédito ao(s) autor(es).
HERMES, Ivenio. Violência Homicida no RN: Uma análise empírico-estatística (Parte 2). Metrópole da Morte, Bairros do Medo e o Público Alvo. Disponível em: < http://j.mp/OlDpfe >. Publicado em: 05 abr. 2014.


http://www.iveniohermes.com/violencia-homicida-no-rn-uma-analise-empirico-estatistica-parte-2/

Manifesto da Marcha das Mulheres Negras 2015 contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver...

Nós, mulheres negras brasileiras, descendentes das aguerridas quilombolas e que lutam pela vida, vimos neste 25 de Julho – Dia da Mulher Afrolatinoamericana e Afrocaribenha denunciar a ação sistemática do racismo e do sexismo com que somos atingidas diariamente mediante a conivência do poder público e da sociedade, com a manutenção de uma rede de privilégios e de vantagens que nos expropriam oportunidades de condição e plena participação da vida social.
Nesta data vimos visibilizar a incidência do racismo e do sexismo em nossas vidas, assim como as nossas estratégias de sobrevivência, nosso legado ancestral e nossos projetos de futuro e afirmar que a continuidade de nossa comunidade, da nossa cultura e dos nossos saberes se deve única e exclusivamente, a nós, mulheres negras. Transcorrido esse marco histórico e a atualidade de nossas lutas, nos valemos do Dia da Mulher Afrolatinoamericana e Afrocaribenha para anunciar a realização da Marcha das Mulheres Negras 2015 Contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver, que realizaremos em 13 de maio do próximo ano, em Brasília.
Somos 49 milhões de mulheres negras, isto é, 25% da população brasileira. Vivenciamos a face mais perversa do racismo e do sexismo por sermos negras e mulheres. No decurso diário de nossas vidas, a forjada superioridade do componente racial branco, do patriarcado e do sexismo, que fundamenta e dinamiza um sistema de opressões que impõe, a cada mulher negra, a luta pela própria sobrevivência e de sua comunidade. Enfrentamos todas as injustiças e negações de nossa existência, enquanto reivindicamos inclusão a cada momento em que a nossa exclusão ganha novas formas.
Impõe-se na luta pela terra e pelos territórios quilombolas, de onde tiramos o nosso sustento e mantemo-nos ligadas à ancestralidade.
A despeito da nossa contribuição, somos alvo de discriminações de toda ordem, as quais não nos permitem, por gerações e gerações de mulheres negras, desfrutarmos daquilo que produzimos.
Fomos e continuamos sendo a base para o desenvolvimento econômico e político do Brasil sem que a distribuição dos ativos do nosso trabalho seja revertida para o nosso próprio benefício.
Consideramos que, mesmo diante de um quadro de mobilidade social pela via do consumo, percebido nos últimos anos, as estruturas de desigualdade de raça e de gênero mantêm-se por meio da concentração de poder racial, patriarcal e sexista, alijando a nós, mulheres negras, das possibilidades de desenvolvimento e disputa de espaços como deveria ser a máxima de uma sociedade justa, democrática e solidária.
Não aceitamos ser vistas como objeto de consumo e cobaias das indústrias de cosméticos, moda ou farmacêutica. Queremos o fim da ditadura da estética europeia branca e o respeito à diversidade cultural e estética negra. Nossa luta é por cidadania e a garantia de nossas vidas.
Estamos em Marcha para exigir o fim do racismo em todos os seus modos de incidência, a exemplo da saúde, onde a mortalidade materna entre mulheres negras estão relacionadas à dificuldade do acesso aos serviços de saúde, à baixa qualidade do atendimento recebido aliada à falta de ações e de capacitação de profissionais de saúde voltadas especificamente para os riscos a que as mulheres negras estão expostas; da segurança pública cujos operadores e operadoras decidem quem deve viver e quem deve morrer mediante a omissão do Estado e da sociedade para com as nossas vidas negras.
Denunciamos as batalhas solitárias contra a drogadição e a criminalização do nosso povo e contra a eliminação de nossas filhas e filhos pelas forças policiais e pelo tráfico, há muito tempo! Denunciamos o encarceramento desregrado de nossos corpos, vez que representamos mais de 60% das mulheres que ocupam celas de prisões e penitenciárias deste país.
Ao travarmos batalhas solitárias por justiça num quadro de extrema violência racial, denunciamos a cruel violência doméstica que vem levando aos maus tratos e homicídios de mulheres negras, silenciados em dados oficiais. Lutamos pelo fim do racismo estrutural patriarcal que promove a inoperância do poder público e da sociedade sobre a exterminação da nossa população negra .
Estamos em marcha para reivindicamos o livre culto de nossas divindades de matriz africana sem perseguições, nem profanações e depredações de nossos templos sagrados.
Estamos em marcha contra a remoção racista das populações das localidades onde habitam.Lutamos por moradia digna; por cidades que não limitem nosso direito de ir e vir e contra a segregação racial do espaço urbano e rural; por transporte coletivo de qualidade; por condições de trabalho decente nas diferentes profissões que exercemos. Valorizamos nosso patrimônio imaterial em terreiros, escolas de samba, blocos afros, carimbó, literatura e todas as demais manifestações culturais, definidoras da nossa identidade negra.
Estamos em marcha porque somos a imensa maioria das que criam nossos filhos e filhas sozinhas, as chefes de famílias, com parcos recursos e o suor de nosso único e exclusivo trabalho.
Estamos em Marcha:
 pelo fim do femicídio de mulheres negras e pela visibilidade e garantia de nossas vidas;
 pela investigação de todos os casos de violência doméstica e assassinatos de mulheres negras, com a penalização dos culpados;
 pelo fim do racismo e sexismo produzidos nos veículos de comunicação promovendo a violência simbólica e física contra as mulheres negras;
 pelo fim dos critérios e práticas racistas e sexistas no ambiente de trabalho;
 pelo fim das revistas vexatórias em presídios e as agressões sumárias às mulheres negras em casas de detenções;
 pela garantia de atendimento e acesso à saúde de qualidade às mulheres negras e pela penalização de discriminação racial e sexual nos atendimentos dos serviços públicos;
 pela titulação e garantia das terras quilombolas, especialmente em nome das mulheres negras, pois é de onde tiramos o nosso sustento e mantemo-nos ligadas à ancestralidade;
 pelo fim do desrespeito religioso e pela garantia da reprodução cultural de nossas práticas ancestrais de matriz africana;
 pela nossa participação efetiva na vida pública.
Buscamos num processo de protagonismo político das mulheres negras, em que nossas pautas de reivindicação tenham a centralidade neste país. Nosso ponto de chegada e início de uma nova caminhada é 13 de maio de 2015 – Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo – em Brasília/DF.
Conclamamos, a todas as mulheres negras, para que se juntem a esse processo organizativo, nos locais onde estiverem, e a se integrarem nessa Marcha pela nossa cidadania.
Imbuídas da nossa força ancestral, da nossa liberdade de pensamento e ação política, levantamo-nos – nas cinco regiões deste país – para construir a Marcha das Mulheres Negras contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver, para que o direito de vivermos livres de discriminações seja assegurado em todas as etapas de nossas vidas.
ESTAMOS EM MARCHA !
“UMA SOBE E PUXA A OUTRA!”
Brasil, 25 de Julho de 2014.
Comitê Impulsor Nacional da Marcha das Mulheres Negras contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver 2015

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