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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Agroecologia contraria modelo de 'agricultura do pobre para o rico'



Outra lógica

Agroecologia contraria modelo de 'agricultura do pobre para o rico'

Ciência dedicada à produção de alimentos saudáveis para todos e à proteção ambiental à luz da justiça social, incluindo reforma agrária, a agroecologia é tema de congresso em Brasília
 
 
 
por Cida de Oliveira, da RBA publicado 10/09/2017 10h10, última modificação 10/09/2017 11h55
Reprodução/Agroecologia2017
agroecologia2017.jpg
Espaço de atualização científica, o evento é também pretexto de diálogo com a sociedade e a comunidade sobre a temática da agroecologia, seus avanços e desafios e a problemática social
Dão Paulo – A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, vinculada à Fundação Oswaldo Cruz (Ensp/Fiocruz) , acaba de divulgar estudo que aponta que o número de casos de malformações congênitas mais que dobrou nas últimas duas décadas, só no Paraná. De 1994 a 2003, foram registrados 4.238 casos entre os nascidos vivos. De 2003 a 2014, o número passou para 11.787.
Os dados alarmantes estão associados ao uso de agrotóxicos, que deixam um rastro de doenças e mortes nas regiões onde há produção agrícola com uso desses venenos. E a julgar pelo avanço de projetos de lei que incentivam ainda mais o uso de agrotóxicos e transgênicos em um país já campeão no consumo dessas tecnologias, como é o Brasil, a tendência é de agravamento da situação. Muito mais gente estará exposta a riscos ainda maiores de desenvolver diversos tipos de câncer, problemas endocrinológicos, mal de Parkinson, abortos, de gerar filhos com autismo ou até mesmo com malformações.
Dos 1,5 bilhão de hectares de terras agrícolas em todo o mundo, 91% são destinados a culturas anuais altamente dependentes de insumos, como fertilizantes e agrotóxicos, sobretudo monoculturas de trigo, arroz, milho, algodão e soja – caso de boa parte das terras paranaenses.
Mas, ao contrário do discurso dos fabricantes de agrotóxicos e plantas transgênicas – muitas delas desenvolvidas justamente para não morrer ao receber doses cada vez maiores de agrotóxicos –, é possível sim produzir alimentos para todos sem o uso dessas tecnologias, como mostra o vídeo ao fim desta reportagem.

Bases

Para se ter uma ideia, de todas essas terras cultivadas, apenas 10 a 15% é manejada por agricultores tradicionais. Em seu livro Agroecologia: Bases Científicas para uma Agricultura Sustentável (Expressão Popular/AS-PTA), o professor de Agroecologia na Universidade da Califórnia, em Berkeley, o agrônomo Miguel Altieri destaca que na América Latina, por exemplo, cerca de 17 milhões de unidades camponesas, com menos de dois hectares, produzem 51% do milho, 77% do feijão e 61% das batatas para o consumo doméstico.
Só no Brasil há cerca de 4,8 milhões de agricultores familiares (85% de todos os agricultores) que ocupam 30% do total da terra agrícola do país. E mesmo assim respondem por 33% da área plantada com milho, 61% com feijão e 64% com mandioca, somando 84% do total de mandioca e 67% de todo o feijão.
Longe de serem atrasadas e improdutivas, segundo ele, essas propriedades são proporcionalmente mais produtivas que as grandes e chegam a prover 20% da oferta mundial de alimentos. E ainda criam 10% mais empregos permanentes, proporcionam aumento de 20% nas vendas no varejo e aumentam a renda local em 37%. Além disso, pequenos agricultores ainda preservam melhor os recursos naturais, reduzindo a erosão do solo e protegendo mais a biodiversidade.
De acordo com Altieri, estudos mostram que a agricultura tradicional consegue produzir o ano todo e prosperar sem o uso de agrotóxicos, em sistemas com elevada diversidade vegetal, na forma de policulturas e/ou sistemas agroflorestais dotados de plantas ricas em nutrientes, insetos predadores, polinizadoras, bactérias e outros organismos que desempenham funções ecológicas benéficas.
E que a forte base ecológica dessas pequenas propriedades têm muito a ensinar aos agroecólogos, que devem dar suporte aos movimentos sociais do campo que se opõem à agricultura industrial em todas as suas manifestações. Assim como os consumidores, que devem apoiar mercados mais solidários e equitativos, que não perpetuem o modelo colonial da "agricultura do pobre para o rico", mas que, ao contrário, representam um modelo que alavanca pequenas propriedades diversificadas como base para sólidas economias rurais.
"Tais economias não só proporcionarão uma produção sustentável de alimentos saudáveis, agroecologicamente produzidos e acessíveis a todos, mas também permitirão que povos indígenas e pequenos produtores continuem o seu trabalho milenar de promover e conservar a biodiversidade agrícola e natural da qual todos nós dependemos hoje e dependeremos ainda mais no futuro", conclui o autor.
Altieri é um dos mais de 240 especialistas convidados para palestrar no 6º Congresso Latino-americano de Agroecologia, no qual estão inseridos o 10º Congresso Brasileiro de Agroecologia e do 5º Seminário de Agroecologia do Distrito Federal e Entorno.
O evento conjunto, que começa na terça-feira (12) e vai até no dia 15, Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, marca a Semana do Cerrado, bioma que há tempos está no centro de disputas fundiária, mineral, ambiental, cultural, desenvolvimentista e agrária.
E que sob o governo Temer, vê avançarem projetos que beneficiam a mineração, estimulam o desmatamento, acirram os conflitos agrários, ao fragilizar direitos de camponeses, indígenas e outras populações tradicionais, além de incentivar ainda mais o uso de agrotóxicos e transgênicos.
Entre os principais temas, alimentação saudável, água, saberes populares e tradicionais da saúde, sociobiodiversidade, sustentabilidade, educação, agricultura urbana e reforma agrária – esta última fundamental para o acesso à terra e para a garantia de criação e manutenção de pequenas propriedades camponesas.
Além de atualização científica, o evento é também espaço de diálogo com a sociedade sobre a ampla temática da agroecologia, seus avanços, desafios e a problemática social e também pretexto para o debate sobre as soluções para todos esses temas.
Haverá ainda feira de troca de sementes crioulas e florestais, que representa o contraponto à investida da indústria de sementes, especialmente transgênicas, e a conquista da autonomia produtiva e soberania alimentar por parte dos pequenos agricultores.
A RBA trará uma série de reportagens especias sobre os eventos. Acompanhe.

'Agroecologia deu voz ao nosso saber', diz Dona Dijé...

“Nós existimos; nós estamos aqui”



Protagonismo

'Agroecologia deu voz ao nosso saber', diz Dona Dijé

A luta pela preservação da floresta e das palmeiras, vinda dos antepassados, inspira mulheres como ela e suas famílias na resistência contra ataques aos direitos. “Nós existimos; nós estamos aqui”
 
 
 
por Cida de Oliveira, da RBA publicado 13/09/2017 14h28, última modificação 13/09/2017 16h05
youtube/reprodução
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Dona Dijé é uma das fundadoras do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu
Brasília – Lutar pela preservação da mata, dos igarapés, rios e pelo acesso a tudo isso tem sido uma constante entre as populações que vivem do extrativismo do coco babaçu no Maranhão, Pará, Piauí e Tocantins. Em 1976, chegou ao ápice uma disputa por terras ocupadas por ex-escravos na região do Médio Mearim, no Maranhão, desde 1907.
Com o declínio da exportação do óleo de babaçu para os Estados Unidos, os babaçuais da região foram substituídos por pastos e os ocupantes das terras começaram a ser expulsos. Houve tensão, com casas incendiadas pela polícia. Apesar de muita gente ter sido forçada a deixar as terras, passando a morar nas periferias das cidades, outras ficaram.
Mas também houve resistência às cercas erguidas pelos pecuaristas em torno dos pastos, que avançaram sobre áreas de palmeiras. Além disso, extensas plantações de eucalipto tomaram o lugar de florestas de babaçu. Sem acesso à coleta do coco, dona Maria de Jesus Ferreira Bringelo, a Dona Dijé, e outras quebradeiras de coco se uniram para criar, em 1995, o Movimento Interestadual de Quebradeiras de Coco Babaçu.
Seis anos antes, ela já havia ajudado a fundar a Associação em Área de Assentamento no Estado do Maranhão (Assema). Entre os desafios desses movimentos, a luta pela preservação ambiental e pelo acesso à terra de seus ancestrais.
“Há muitos anos a gente já fazia a agroecologia. Só que não tinha ainda esse nome. Mas aí a gente vai descobrindo que isso veio do nosso povo, que já fazia a agroecologia. Preservação da vida, da terra, preservação da água. A agroecologia deu voz ao nosso conhecimento de povo tradicional”, disse dona Dijé, que participa de atividade do Agroecologia 2017, que compreende o 6º Congresso Latino-americano de Agroecologia, o 10º Congresso Brasileiro de Agroecologia e o 5º Seminário de Agroecologia do Distrito Federal e Entorno.
Dona Dijé é integrante do Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais (CNPCT). A publicação do colegiado foi uma das últimas ações da presidenta deposta Dilma Rousseff antes de ser afastada definitivamente do cargo.
A criação do conselho, em processo de esvaziamento, assim como os demais espaços de participação popular para a formulação de políticas públicas, foi duramente criticada em editorial do jornal O Estado de S.Paulo, que por sua vez foi repudiado por organizações e movimentos.
“O conselho é importante para fazer a discussão das políticas para os povos tradicionais. A gente passou a ver, a conhecer, a ter seu conhecimento tradicional reconhecido, seja o povo da Bahia, do Rio Grande do Sul, seja o pescador, o pantaneiro, cada um tem seu conhecimento. Esse conselho mostrou que nós existimos. Tivemos avanços. Tivemos acesso à política pública”, disse.
De acordo com ela, houve na história recente avanços que permitiram mais qualificação do trabalho das quebradeiras. “Com o nosso conhecimento nós conseguimos produzir para estar nos mercados, para  estar nas feiras, sempre produzindo. E podemos dizer: ‘a gente não sabe só quebrar coco. A gente também sabe processar, fazer produtos de qualidade.”
Na concepção das comunidades extrativistas, ter saúde é ter acesso à terra para poder trabalhar com dignidade. “A gente quer produzir para viver de nossos salários, para nossa alimentação e nosso dia a dia.”
Dona Dijé, que tem história de resistência, diz que os ataques aos direitos dos povos tradicionais, entre eles indígenas e quilombolas, e o acirramento dos conflitos agrários, vão encontrar forte resistência. “A cada dia nossos direitos estão sendo diminuídos, cortados. Mas nós vamos continuar lutando e dizendo: ‘nós estamos aqui’", afirma. “Nós estamos na luta para a terra ser melhor. Nós vivemos hoje o legado do sangue dos nossos antepassados. Nossos mártires hoje, quilombolas, indígenas, que estão sendo assassinados porque estão lutando pelo direito à vida.”
As quebradeiras, que já mostraram ser firmes lutadoras, entendem que a garantia do acesso aos babaçuais, bem como da preservação dessas palmeiras, depende de lei. Diversas propostas já tramitaram no Congresso, mas foram vencidas por pressões dos ruralistas, cujo argumento é o de que esses projetos de lei violam o direito de propriedade privada.
De acordo com o Mapa da Região Ecológica dos Babaçuais dos estados do Piauí, Tocantins, Maranhão e Pará, existem hoje mais de 25 milhões de hectares de babaçuais, com diferentes densidades. O babaçu é fonte de renda para mais de 300 mil mulheres.
Segundo dados da Universidade Federal do Piauí (UFPI), a expansão de áreas de soja e eucalipto na região vem impedindo o acesso aos babaçuais, além de promover o desmatamento, queimadas e envenenamento das palmeiras.

MPT - MINISTERIO PUBLICO DO TRABALHO E Fórum estadual de combate aos efeitos dos agrotóxicos na saúde do trabalhador, no meio ambiente e na sociedade...CONVIDAM...


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FECEAGRO

Fórum estadual de combate aos efeitos dos agrotóxicos na saúde do trabalhador, no meio ambiente e na sociedade...

 

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CONVITE DO MPT  E FECEAGRO RN PARA PAUTA E ENCONTRO....

Prezados,


Encaminho convite e pauta da IV Reunião Ordinária do FECEAGRO/RN, a ser realizada amanhã, dia 19/09/2017.

Contamos com a presença de todos.

Att.


Coordenadora  do FECEAGRO/RN
 
NA SEDE DA PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO MPT - LAGOA NOVA - NATAL - RN

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REUNIAO PREPARATORIA CONFERENCIA ATER (assistencia tecnica Rural), TERRITORIO POTIGUARAS...




2a Conferência Nacional de Ater


ww.mandacarurn.blogspot.com

 em 18 de setembro de 2015.....

REUNIAO PREPARATORIA CONFERÊNCIA ATER (assistencia tecnica Rural), TERRITORIO POTIGUARAS... 



 SEXTA FEIRA DE MUITA LUTA...LADEADO PELOS ILUSTRES MANOEL  E MARIA COORDENACAO QUILOMBOLA HISTÓRICAS NO ESTADO DO RN E O NOBRE Jair De Lima Macedo PERSONALIDADE MILITÂNCIA DO NOSSO RN ALÉM DE OUTROS GIGANTES NA LUTA...

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  Conferência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural acontece entre os dias 31 de maio e 3 de junho, em Brasília. Na programação, uma feira de produtos da agricultura familiar e atrações culturais
Entre 31 de maio e 3 de junho acontece a 2ª Conferência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (2ª Cnater). Mais de mil pessoas de todo o país estarão na capital federal para discutir os rumos da política de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para os próximos anos, sob o lema “Ater, Agroecologia e Alimentos Saudáveis”.
Coordenado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf), o ciclo de conferências começou em outubro de 2015 e teve a participação de mais de 40 mil pessoas de todos os estados brasileiros. As discussões abordam seis eixos: Sistema Nacional de Ater, Ater e Políticas Públicas para a Agricultura Familiar, Formação e Construção de Conhecimento na Ater, Ater e Mulheres Rurais, Ater e Jovens Rurais; e Ater e Povos e Comunidades Tradicionais.
Além das mesas de debate, plenárias e votações, a conferência traz também a MANDALA – Mostra Cultural da 2ª Cnater, com 18 atividades culturais do rural em todo o país, selecionadas por chamada pública. São shows, espetáculos, exposições e oficinas. Outro destaque é a Feira Saberes e Sabores da Agricultura Familiar, onde 38 empreendimentos do Distrito Federal e entorno vão expor seus produtos saudáveis, sustentáveis e agroecológicos.
O paraibano Chico César se apresenta na noite do dia 1º de junho, já a paraense Dona Onete se apresenta dia 2. Juntos, os artistas são os convidados que vão trazer a cultura dos povos do Campo, das Águas e das Florestas em dois grandes shows. O acesso às atrações culturais e à feira é livre, gratuito, sujeito à capacidade máxima do local do evento.
Serviço
2ª Conferência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (2ª Cnater)
Data: 31 de maio a 3 de junho de 2016.
Local: Centro de Convenções Ulysses Guimarães – Brasília (DF).

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